domingo, 9 de abril de 2006

Um giro em um segundo

A última postagem deste blog foi uma espécie de matéria minha, produzida como trabalho para faculdade. Um trabalho meio primário e que, por incrível que pareça, minha professora (Tânia Mota) gostou.
Talento pra jornalista é algo um pouco relativo. Alguns dizem que eu tenho, que escolhi a coisa certa. Eu, em minha eterna auto-crítica, acredito que estou tão longe do objetivo esperado que não tenho o atrevimento de me gabar, nem ao menos me animar, com nada do que faço.
Isso pode parecer um pouco pessimista da minha parte, mas não é. E já que esta page tem como principal objetivo elucidar minhas idéias, aí vão algumas delas claramente expressas.
Eu realmente amo o que escolhi, mas nem isso me faz amar menos o que Deus escolheu pra mim. Quero sim ser jornalista, mas não quero somente isso. Esta não é minha prioridade. Quero ser jornalista e pastora. Ou melhor: quero ser pastora e jornalista.
Pastora sim! Parece um tanto louco para uns, mas o olhar de homens não é o meu principal objetivo. Ah... e chega de tanto falar. Palavras não conseguem descrever a real intenção que está no meu coração.

Pronto. Desabafei.

quarta-feira, 5 de abril de 2006

Projeto da prefeitura transforma pichadores em grafiteiros profissionais



Desde junho do ano passado os cidadãos da cidade de Salvador se preocupam menos com um freqüente problema noturno, a pichação. Nesta época foi implantado um programa que tem feito pichadores evoluírem para grafiteiros. O projeto Salvador Grafita é uma parceria entre prefeitura e a Universidade Federal da Bahia, e com nove meses de existência já tem alcançado bons resultados. Hoje existem cerca de quarenta grafiteiros contratados pela prefeitura que trabalham de segunda a sexta, das sete às treze horas, pintando muros pela cidade.
No inicio o programa pretendia implantar um curso, através da Escola de Belas Artes da UFBA, para qualificar os grafiteiros e pichadores com o objetivo de valorizar a arte do grafite, mas isso não foi possível. Aqueles que foram aprovados no concurso feito pela prefeitura começaram a desenvolver a arte na capital baiana usando seus próprios conhecimentos.
Hoje os frutos do Salvador Grafita são colhidos pela população que vê diminuir a cada dia o vandalismo nas ruas, pela prefeitura que embeleza a cidade e principalmente pelos grafiteiros que agora são reconhecidos diante da sociedade como profissionais e passam por transformações profundas em suas vidas. Um grande exemplo disso é o ex-pichador Jackson Barbosa, também conhecido como Pinel, que começou a pichar com 18 anos e depois de ser preso 14 vezes agora tem uma profissão digna com a qual pode manter sua família. “É muita boa essa oportunidade que tive no projeto, mas conheço pessoas que tiveram a mesma oportunidade e preferiram continuar pichando e sendo preso”, conta.
As mensagens deixadas nos muros da cidade, com temas que variam de acordo com a temática do local, garantem aos grafiteiros um salário de R$400,00, vale-transporte e ticket-alimentação, além da notoriedade que permitem que sejam procurados para trabalhos particulares aumentando ainda mais a renda.