Não sou de comentar política. Sou de ler, observar e ponderar o que está ao meu alcance da política. Afinal, sou política, integrante de uma pólis, cidadã com direitos e deveres na convivência em sociedade. Não dá pra ficar fora disso. Mas raramente teço comentários sobre o assunto.
Bom, hoje decidi escrever sobre política depois de ler um interessante texto de Miriam Leitão, jornalista cujo trabalho não me agrada muito, mas que foi muito sensata em sua postura e ganhou um ponto comigo.
Miriam escreveu em sua página no site de O Globo, no mês passado, sobre a decisão de não abordar questões religiosas ao entrevistar a candidata à presidência e evangélica Marina Silva. A jornalista resolveu que não faria a Marina perguntas de teor religioso, já que nem ela, nem ninguém o faz também aos outros candidatos, os quais possuem alguma religião (leia aqui o texto completo, é muito interessante e fundamental para entender o que estou falando aqui).
Como evangélica, desejo ver alguém com os mesmos princípios que tenho na posição de governante político. Acredito que isso me traz, inclusive, maior confiança para cobrar de tal pessoa o bom exercício de sua função como representante do povo. E isso reforça a minha postura como cidadã, desejando ver meu país bem administrado.
Não adianta ser evangélico para ter o voto dos evangélicos. Marina Silva tem a melhor postura política dentre os candidatos evangélicos que já vi. Tem uma das melhores posturas entre os políticos que já vi. Dos principais presidenciáveis, outros tem postura admirável também. Mas no fim das contas quero é ver na prática alguém que não possui apenas uma boa postura, mas que governe bem e faça o melhor para o Brasil.
Ainda há pouco mais de dois meses para analisar bem os candidatos e decidir. Propagandas políticas, discursos, entrevistas, palanques. É preciso avaliar tudo direitinho.
Como bem disse o Ap. Samuel, quero ungir com meu voto alguém que seja capacitado para exercer o sacerdócio político.
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